Ano de Publicação: 2012 | Sinopse: O
processo de trabalho é elemento central e peculiar na forma de
organização e socialização dos indivíduos, pois é por meio dele que o
sujeito se transforma e modifica a natureza. Como o capitalismo tem o
objetivo de acumular e centralizar capital e com o fato da força de
trabalho ser considerada uma mercadoria pelo sistema, o trabalho que
vem sendo realizado pelos sujeitos, comumente não está sendo
constituído pela autorrealização e identificação dos trabalhadores
diante dos processos de produção e gestão. Diante da III Revolução
Industrial - reestruturação do capital -, desenvolvida por meio da
robótica, automação e microeletrônica, cria-se uma massa de
trabalhadores - considerados “sobrantes” pelo capital -, que acirra o
processo de alienação e precariedade das condições e relações de
trabalho. Paralelamente à III Revolução Industrial, ocorre por meio
da implantação do referencial teórico-neoliberal nas políticas sociais
públicas, o processo de minimização do Estado, implicando na não
legitimação dos direitos sociais - adquiridos pela classe trabalhadora. As
experiências alternativas de geração de trabalho e de renda se
acentuaram no término do século XX e início do XXI, por meio do
incentivo da sociedade civil, organizações governamentais e incubadoras
universitárias, devido às transformações que estão ocorrendo no
processo de trabalho e no mercado. Esses empreendimentos coletivos,
designados de Economia Popular Solidária são constituídos comumente
pelos sujeitos que se encontram à margem do mercado formal de trabalho.
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